quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

A RCC, a TL e as Novas Comunidades


A Igreja Católica no Brasil sofre de dois males gravíssimos que são a RCC e a Teologia da Libertação. Esses males certamente não destruirão a Igreja pois a promessa de Nosso Senhor é que "as portas do inferno não prevalecerão". Mesmo assim, desde o princípio dos anos 70 tem causado um grande estrago e levado muitas pessoas a apostatarem da verdadeira Fé e mesmo perder eternamente a alma.

Esses dois males são aparentemente contraditórios e por várias vezes se mostraram como inimigos, mas de alguns anos para cá podemos observar como eles se dão a mão quando o assunto é impedir que a Tradição católica volte a vida dos fiéis.

Vamos escrever e recolher os melhores textos sobre essas duas heresias. Colocaremos aqui em nosso blog com as devidas indicações afim de que vejam que, as heresias por elas defendidas, foram condenadas diversas vezes na história. 

Comecemos pela RCC, que traz um enorme dano para seus seguidores e para toda a Igreja.

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Que esse movimento nasceu em seitas heréticas, não somos nós que dizemos, mas os próprios defensores do carismatismo não o negam: ele provém mesmo dos Despertados da Baviera, dos pentecostais protestantes, do Revival herético dos Estados Unidos.



E não de estranhar que seu lançador na Igreja Católica tenha sido o Cardeal Suenens, famoso por suas teses modernistas e ecumênicas.

Com efeito, o ecumenismo modernista procura unir as religiões passando por cima das divergências de Fé, buscando, em fenômenos pseudo místicos, a união com as mais variadas seitas. A tese ecumênica é que os dons do Espírito Santo podem ser concedidos a quaisquer pessoas independente de seu Credo, pois, abusando da Escritura dizem que o "Espírito sopra onde quer" (Jo III,8). O resultado é uma contaminação de espírito heretizante na RCC.

Sim, espírito heretizante, porque é próprio de toda heresia afirmar que a Igreja Católica abandonou o verdadeiro espírito cristão, corrompendo-se e perdendo o autêntico espírito cristão. Nesse posicionamento está afirmado - às vezes de modo explícito, outras vezes de modo velado – que a Igreja apostatou. E então se nega a afirmação de Nosso Senhor que prometeu: "Eis que estarei convosco todos os dias até o fim do mundo" (XXVIII,20). Ou ainda a promessa que Cristo fez a Pedro de que "as portas do inferno não prevaleceriam contra ti [Pedro] (Mt XVI,18).


Ora, infelizmente esta tendência a acusar a Igreja de ter errado – como se o Espírito Santo não a assistisse continuamente -- encontramos até mesmo em pessoas sinceras na RCC. Pois encontramos citações assim: "Realmente a RCC está reiniciando algo que foi interrompido e não explorado pela Santa Igreja durante muito tempo". Se essa afirmação fosse verdadeira, a Igreja Católica teria desprezado os dons de Deus durante séculos. Se tivesse sido assim, como seria ela Santa? De fato, os carismas que Deus concedeu aos cristãos dos primeiros tempos não foram abandonados pelos homens da Igreja contra a vontade de Deus, porque o Espírito sopra onde quer, e não seriam os homens capazes de impedir a ação do Espírito Santo. Por outro lado, o Espírito Santo jamais abandona a Santa Igreja. Portanto, ao mesmo tempo em que se acusa a Igreja -- talvez sem perceber -- de que ela teria agido de modo não santo, se acaba atribuindo uma certa impotência ao próprio Espírito Santo, a quem os carismáticos se gabam de ter devoção particular. Os Doutores da Igreja ensinam que Deus concedeu carismas extraordinários aos primeiros cristãos para facilitar a expansão do Cristianismo, e que, alcançada esta expansão, certos carismas extraordinários (como a glossolália) deixaram de ser dados em tão larga e grande escala, porque já não eram necessários ao apostolado.



Assim fez o próprio Espírito Santo, e isto não foi o resultado de um abandono da Igreja. Entretanto, os carismas mais importantes nunca cessaram de ser derramados por Deus aos santos da Igreja. Se salientamos mais o dom das línguas, foi porque este é o dom de que mais se ufanam os atuais carismáticos católicos, em sua emulação com os pentecostais protestantes.


Queremos tratar aqui também do "Batismo no Espírito Santo". Um dos pilares da RCC e das Novas Comunidades.


Temos aqui, em mãos, um opúsculo intitulado "O Batismo no Espírito Santo" de Salvador Carrillo Alday, MSp.S. (Comunidade Emanuel, ed. Louva a Deus, Rio de Janeiro, 1991). Nesse opúsculo, se pode ler:


"Pois bem, o que se pretende na Renovação Carismática, é rogar a Jesus que novamente realize em nós o mesmo que fez em seus Apóstolos e com os mesmos fins, isto é, que derrame em nós o Dom do Espírito Santo, Força de Deus, para sermos suas testemunhas em todas as partes, até os confins da Terra".
Tratando-se de "renovação" cristã supõe-se que a pessoa tenha recebido o sacramento do batismo, em virtude do qual o crente "recebe o perdão de seus pecados, a adoção dos filhos de Deus, o caráter de Cristo, mediante o qual se incorpora à Igreja e se faz, pela primeira vez, partícipe do sacerdócio do Salvador" (P. 16).

Esse texto é muito pouco preciso, e - note-se - não afirma que no Batismo a pessoa recebe os dons do Espírito Santo. Ora, na página seguinte, o mesmo livrinho diz:



"Então, em que consiste o "batismo no Espírito Santo" dentro da Renovação Carismática?
1. "O batismo no Espírito Santo consiste na oração que uma comunidade cristã eleva a Jesus glorificado para que derrame seu Espírito de maneira nova e em maior abundância sobre a pessoa que ardentemente o pede e por quem se ora. Esta oração se faz, de ordinário, mediante a imposição das mãos" (p. 17). 

O texto faz crer que o Batismo não dá aquilo que se pretende receber pelo "batismo no Espírito santo". Deste modo, o Batismo de Cristo, administrado pela Igreja, fica reduzido ao nível do Batismo de água de João Batista. Só o Batismo no Espírito Santo seria capaz de obter os dons e carismas do Espírito Santo que a RCC pretende possuir. Deste modo, haveria um oitavo sacramento, o que vai contra o que ensina -- com anátema -- o Concílio de Trento: "Se alguém disser que os sacramentos da Nova Lei não foram instituídos por Jesus Cristo Nosso Senhor, o que são mais ou menos que sete a saber, batismo, confirmação, Eucaristia, penitência, extrema unção, ordem e matrimônio, ou também que algum destes não é verdadeira e propriamente sacramento, seja anátema" (Concílio de Trento Cânones sobre os sacramentos em geral, canon 1 -- Denziger 844).



Se o texto do opúsculo citado não diz expressamente que há oito sacramentos, ele, omitindo que o Batismo de Cristo dá todos os dons do Espírito Santo, e que estes dons se recebem no "batismo no Espírito Santo", se insinua que há um oitavo sacramento. A distinção feita pela RCC -- pelo menos como está nessse opúsculo, e como muitos padres afirmam -- entre Batismo e "Batismo no Espírito Santo", salvo melhor juízo, não nos parece ortodoxa.


E o mesmo opúsculo confirma nossa interpretação porque diz, logo a seguir:

"Não sendo "o batismo no Espírito Santo" nem o sacramento do batismo, nem o da Confirmação, pode-se dizer que o BATISMO NO ESPÍRITO SANTO É UMA EFUSÃO A MAIS, uma NOVA EFUSÃO DO ESPÍRITO SANTO que põe em atividade o rico potencial de graça que Deus deu a cada um segundo sua própria vocação e segundo o carisma pessoal do estado próprio de vida (cf. I Cor. 7,7)". (p. 18 do opúsculo citado).


Isto não é de acordo com a Fé Católica. E, conforme diz São Paulo, não havendo verdadeira Fé, não pode haver verdadeiro carisma do Espírito Santo. Nos livros de S Falvo se acham erros do mesmo gênero.



E por que tantos erros de doutrina nos defensores da RCC ?



Porque eles -- salvo as devidas e santas exceções -- dão pouca importância à Fé e à ortodoxia. Contrariando o que diz São Paulo (ICor XII), a atual RCC coloca o que ela chama de "carisma" acima da verdade católica. Prova é que não a assusta o fato de conhecer que ela nasceu de movimentos protestantes...

O que se vê na RCC é uma total predominância da emoção sobre o zelo pela verdade. E é o que faz transformar as cerimônias da RCC em verdadeiros shows. Foi o que se viu no último carnaval com os famosos "Rebanhão do Senhor" em Betim/MG e o "Anuncia" em Ipatinga?MG e outros mais que, infelizmente, infestam o Brasil.

A RCC está transformando Missa em Carnaval, com requebros e danças sensuais, com manifestações de emoção histérica que levam à Santa Missa ao ridículo e, mesmo, à profanação. Pois não é profanar usar canções profanas -- e de tão baixo nível -- em cerimônias sagradas ?

E nenhum entusiasmo dura muito... E todo movimento de entusiasmo desregrado sempre acabou mal...



Como prova do valor da RCC nos afirmam que muitas pessoas, uma grande quantidade de pessoas, graças à RCC "estão voltando à Igreja", como estão "buscando ardentemente os sacramentos", como "os jovens tem abandonado as drogas por causa de Cristo ", etc.


Esse argumento se funda no que diz Cristo: a boa árvore só pode produzir bons frutos". O argumento nos parece -- entendam , muito mal aplicado. Porque, se deixar as drogas, o álcool, fosse prova de ortodoxia, como se explica que muitas seitas heréticas obtenham esses mesmos frutos que acabo de citar ? Quais são então os bons frutos que a boa árvore, a árvore da Igreja de Cristo, só ela pode dar?

Os frutos da verdade são a unidade e a caridade, e não apenas frutos materialmente bons, como deixar drogas e alguns vícios contrários à caridade. Por isso disse São Paulo que sem a Fé é impossível verdadeiro carisma, e sem a caridade de nada vale falar em línguas (I Cor.).

E não se impressione com o número. O número é apenas um preconceito democrático e capitalista. O maior número votou por Barrabás e não por Cristo.

Aliás, a preocupação de concorrer em número com as seitas protestantes que estão crescendo em nosso mundo apóstata, é uma característica fundamental do carismatismo dito católico... Encher estádios, eis o triunfo! Fazer Missas-Show para atrair multidões, que, muitas vezes, vão assistir o tal padre Rossi, Fábio de Melo, ou que compram os seus discos de baixo quilate, e depois vão, com a mesma facilidade a terreiros de macumba, a seitas pentecostais, ou a sessões espíritas...



Recomendamos que se leia São Tomás (Comentário à Epístola aos Romanos) e outros Doutores da Igreja -- que tinham o carisma de ensinar que é superior ao de línguas -- sobre os carismas do Espírito Santo.


(Recomendamos ainda que leia o excelente livro “A teologia de São Paulo de F. Pratt)

Adaptado de: http://www.montfort.org.br/old/perguntas/carismas.html

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Vamos diariamente colocando artigos do Magistério da Igreja, dos Doutores e de pessoas eminentes a fim de provar os erros da RCC e da TL, que utilizam somente o subjetivismo como argumento valioso.


Ave Maria Puríssima!

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